segunda-feira, 17 de junho de 2013

SEQUÊNCIA DIDÁTICA - " AVESTRUZ" (MARIO PRATA)

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

A partir da crônica “Avestruz”- Mário Prata

Tempo previsto: 4 a 6 aulas
Conteúdos e temas: Levantamento das características do gênero crônica e aprimoramento  das habilidades de leitura e escrita.
Público alvo: 6ª série/ 7º ano
Justificativa:
Ler e escrever são habilidades essenciais à vida, logo se faz necessário toda e qualquer atividade que vise aprimorá-las e desenvolvê-las.
Objetivos Gerais:
As diversas etapas que essa sequência didática  apresenta, são atividades que procuram  despertar o interesse e envolver os alunos em  um momento agradável de leitura através de um texto leve e que traz  humor ; provocando, assim  risos e o prazer de ouvir histórias. A partir dessa interação o professor poderá  trabalhar com conteúdos diversos na língua Portuguesa. Desenvolver, aprimorar e incentivar a leitura e a escrita.
Objetivos específicos:
Desenvolver:  interesse pela leitura, a significação nas produções textuais;  a investigação;   a argumentação;  a comparação entre textos.
Promover:questionamentos sobre a realidade; a interação entre os alunos nas atividades de leitura e nas rodas de conversa.

Metodologia:
Etapas:
1- Ativação de conhecimentos prévios; antecipação ou predição; checagem de hipóteses:
Preparando para a leitura -  atividade realizada pelo professor:
Colocar o título na lousa e possibilitar uma conversa garantindo a socialização dos conhecimentos a respeito de um avestruz e do gênero Crônica, através de perguntas como:
Alguém conhece ou já viu um avestruz? Conhece de onde?
Como você descreveria um avestruz?
Antecipação ou predição de conteúdos , levantamento de hipóteses:
O texto que será lido tem como título AVESTRUZ. Onde você acha que se passará a história? Sobre o que a história tratará?
Quem já leu uma crônica? Quem era o autor? Alguém já leu algum texto desse autor : Mário Prata? (Nesse caso se os alunos não conhecem seria interessante um breve comentário sobre Mario Prata e seu estilo de compor seus textos).
Checagem de hipóteses:
Iniciar a leitura do texto, mas ler apenas o primeiro período. Abrir espaço para que os alunos exponham suas hipóteses. Levar em conta o que já foi lido e instigar os alunos antecipar conteúdos do texto:
Quem pediria um avestruz como presente de aniversário? Vocês acham que o menino ganhará o presente?
2- Localização de informações; comparação de informações; generalizações:
Prosseguir a leitura até o terceiro parágrafo. Favorecer a localização de informações cruciais do texto por meio de perguntas que direcionem o olhar dos alunos, como:
Onde mora o menino? E onde mora o narrador?
Qual o peso e a altura média de uma avestruz ?
Seria possível ter uma ave desse porte num apartamento?
A que o narrador compara o avestruz? E o seu pescoço?
3- Produção de inferências locais; produção de inferências globais:
Continuar a leitura até o desfecho da história e realizar as seguintes questões:
Existe alguma palavra no texto que vocês não conheçam o significado? ( TPM, menopausa, atrofiada, gigolô ...)
O que o autor quis dizer com a afirmação: “ Uma fêmea de avestruz com TPM é perigosíssima!”
4- Recuperação do contexto de produção; definição de finalidades e metas da atividade de leitura:
Retomada pelo professor do gênero crônica (suas características)
Pedir ao aluno para reconhecer foco narrativo, tempo, espaço, personagens, clímax, desfecho...
Qual a finalidade do autor ao escrever este texto?

5- Percepção das relações de intertextualidade; percepção das relações de interdiscursividade:
Comentários e perguntas do tipo: Alguém  já assistiu filmes ou documentários sobre este animal? Quando? Onde? Depoimento das crianças.
O autor retoma assuntos abordados em um texto de conhecimento mundial, qual seria?
Em quais partes do texto, o autor faz referências à Bíblia?
6- Percepção de outras linguagens; elaboração de apreciações estéticas e/ou afetivas; elaboração de apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos:
Quais argumentos do narrador convenceram o menino a desistir do presente?
O que vocês acharam do texto? Gostariam de ler outros textos desse autor? Percebem qual ou quais mensagens o autor que passar ao leitor?
Os pais de vocês atendem a todos os seus pedidos?
O que vocês pensam sobre os pais que dão tudo o que os filhos pedem?
Proposta de atividade: Elaborem um texto apresentando sua opinião sobre o tema “ Os pais devem atender a todos os pedidos dos filhos”
Recursos:
Lousa, giz,  folhas de sulfite e fichário, lápis de cor, dicionários, livros didáticos.
Avaliação:
Avanços e organizações pessoais;
Observação direta de todas as atividades realizadas pelos alunos;
Registro de participação nas atividades individuais e coletivas;
Expressão oral e escrita.









Avestruz

* Por Mário Prata


O filho de uma grande amiga, pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o que? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.
            Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam a domicílio. E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, Deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que ser assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quando pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.
Outro coisa que faltou foram dedos para ao pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que logo depois, Adão dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio Camelus Australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.
 Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os 40, entrando depois na menopausa, não tem, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!
Podem gerar de 10 a 30 crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento. Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.
 Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. Máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem. Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu. Pedi para a minha amiga levar o garoto numa psicóloga. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.
                                                                              PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/ 6º ano vol. 2
                                                                                Caderno aluno p. 9.Caderno do Professor p. 18.

Referências Bibliográficas:

DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (Francófona). In: ______. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2012. p. 35-60.
PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/6º ano. vol. 2. Caderno do aluno (p. 9) e Caderno do professor (p. 18).
ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. In: Curso EaD/EFAP. Leitura e escrita em contexto digital– Programa Práticas de leitura e escrita na contemporaneidade. 2012.

Sites:

http://escrevendo.cenpec.org.br/index.php?view=article&id=186%3Ao-genero-textual-cronica&option=com_content&Itemid=135

GRUPO NO ENCONTRO PRESENCIAL:

              Ana Paula ( Orozimbo Sóstena )
              Lidiana Borges(Orozimbo Sóstena )
              Suelma Majczak(Orozimbo Sóstena)
              Girlene ( Adib Miguel Haddad )
              Elizete Brito ( Adib Miguel Haddad )
               Nedilaine ( Adib Miguel Haddad )
               Denise Baggio (Odilon Leite Ferraz)
               Denise Álamo (Odilon Leite Ferraz )
               Maria Eliana ( Odilon Leite Ferraz )
               Giscard ( Odilon Leite Ferraz )
               Anali Ramazini Martins ( Jurandyr )
               Ana Maria do Vale ( Albino Melo )
               Neuza Alves(Idoroti de S. Alvarez )
               Andréia Cristina ( Idoroti )
               Solange Márcia ( Idoroti )
               Patrícia Perin ( Idoroti )
               Eneida Costa ( Idoroti )
               Maria Alice ( Idoroti )      


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Biografia – Mario Prata

Mario Prata é um escritor, dramaturgo, jornalista e cronista brasileiro. É natural de Uberaba, Minas Gerais, mas viveu boa parte da infância e adolescência em Lins, interior de São Paulo. Em mais de 50 anos de escrita, tem no currículo 3 mil crônicas e cerca de 80 títulos, entre romances, livros de contos, roteiros e peças teatrais. Na carreira, recebeu 18 prêmios nacionais e estrangeiros, com obras reconhecidas no cinema, literatura, teatro e televisão.
TEATRO – Em 1970, Mario Prata estreou no teatro com a peça O Cordão Umbilical, com direção de José Rubens Siqueira. Ainda na década de 70, escreveu E se a Gente Ganhar a Guerra? (1971) e abordou o tema da tortura em Fábrica de Chocolate (1979). Nos anos 80, abusou da paródia em Dona Beja (1980), reviu momentos do teatro brasileiro em Salto Alto (1983), discutiu sobre pecado e prazer em Purgatório, uma Comédia Divina (1984) e sexualidade e tabus em Papai & Mamãe – Conversando sobre Sexo (de 1984, em parceria com Marta Suplicy). Seu maior sucesso nos palcos foi Besame Mucho, peça de 1982, que virou filme premiado cinco anos depois. Sua peça mais recente é Eu Falo o que Elas Querem Ouvir, encenada em 2001, com direção de Roberto Lage.
CINEMA – Mario Prata passou a colaborar para o cinema em 1971. Dentre os filmes que roteirizou e escreveu o argumento, estão O Jogo da Vida e da Morte (1971), Chico Rei (1985), Besame Mucho (1987, em parceria com Francisco Ramalho Jr.), Banana Split (1988), Beijo 2348/72 (1991), O Testamento do Senhor Napumoceno (1997) e O Casamento de Romeu e Julieta (2003, com roteiro baseado em um conto do autor).
JORNALISMO – Em começo de carreira, foi repórter na Gazeta de Lins e para o jornal Última Hora. Nos anos 70, colaborou como cronista no Pasquim, ao lado de Millôr Fernandes. Em 1993, passou a assinar uma coluna semanal no jornal O Estado de S. Paulo, onde foi cronista por 11 anos. Também assinou crônicas para diversas publicações nacionais, entre elas as revistas Istoé e Época e o jornal Folha de S. Paulo.
TELEVISÃO – Em 1976, escreveu a primeira novela, Estúpido Cupido, um dos maiores sucessos de audiência na Rede Globo. Escreveu e colaborou ainda nas novelas Sem Lenço, Sem Documento (1977, Rede Globo), Dinheiro Vivo (1979, TV Tupi), Um Sonho a Mais (1985, co-autoria), Helena (1987, Rede Manchete) e Bang Bang (2005, Rede Globo). Dentre as minisséries, telerromances e programas Caso Verdade, estão Xico Rey (1978), O Resto é Silêncio e O Vento do Mar Aberto (1981, TV Cultura), Música ao Longe (1982, TV Cultura), Avenida Paulista, Devolvam meu Filho e O Homem do Disco Voador (1982, Rede Globo) e A Máfia no Brasil (1984, Rede Globo).

LITERATURA – Sua estreia na literatura foi em 1969, com o texto O Morto que Morreu de Rir. Em 1987, a premiada peça teatral Besame Mucho foi lançada em livro. Explorando gêneros, escreveu e participou de dez coletâneas literárias e da coleção Quem Conta um Conto, projeto adotado em escolas, com organização do professor Samir Curi Meserani. De 1970 a 1987, Mario Prata também escreveu e participou de cinco publicações para o público infantil.
Na década de 90, o autor lançou os seguintes livros para o público adulto: Schifaizfavoire (1993), James Lins, o Playboy que (não) deu certo (1994), Filho é Bom, Mas Dura Muito (1995), Mas Será o Benedito? (1996), Diário de um Magro (1997), 100 Crônicas (1997, pelo Estadão), Minhas Vidas Passadas – a limpo (1998) e Minhas Mulheres e Meus Homens (1999).
Em 2000, escreveu inteiramente online o livro Os Anjos de Badaró, o primeiro projeto do tipo no país. Nesta década, lançou Minhas Tudo (2001), Buscando o seu Mindinho (2002), Palmeiras, um Caso de Amor (2002), Diário de um Magro 2 (2004), Paris, 98! (2005), Purgatório – A Verdadeira História de Dante e Beatriz (2008) e Cem Melhores Crônicas – que, na verdade, são 129 (2008). Os livros de Mario Prata estiveram na lista de mais vendidos nove vezes, liderando-a em seis ocasiões. Mais recentemente, o autor tem se dedicado à literatura policial, com dois livros publicados do gênero: Sete de Paus (2008) e Os Viúvos (2010). Sua publicação mais recente é Almanaque Pinheiro Neto, livro comemorativo lançado em 2012.(Último acesso 16/06/2013).



Heloisa Amaral*
A palavra “ crônica”, em sua origem, está associada à palavra grega “khrónos”, que significa tempo. De khrónos veio chronikós, que quer dizer “relacionado ao tempo”. No latim existia a palavra “chronica”, para designar o gênero que fazia o registro dos acontecimentos históricos, verídicos, numa seqüência cronológica, sem um aprofundamento ou interpretação dos fatos. Como se comprova pela origem de seu nome, a crônica é um gênero textual que existe desde a Idade Antiga e vem se transformando ao longo do tempo. Justificando o nome do gênero que escreviam, os primeiros cronistas relatavam, principalmente, aqueles acontecimentos históricos relacionados a pessoas mais importantes, como reis, imperadores, generais etc.
A crônica contemporânea é um gênero que se consolidou por volta do século XIX, com a implantação da imprensa em praticamente todas as partes do planeta. A partir dessa época, os cronistas, além de fazerem o relato em ordem cronológica dos grandes acontecimentos históricos, também passaram a registrar a vida social, a política, os costumes e o cotidiano do seu tempo, publicando seus escritos em revistas, jornais e folhetins. Ou seja, de um modo geral, importantes escritores começam a usar as crônicas para registrar, de modo ora mais literário, ora mais jornalístico, os acontecimentos cotidianos de sua época , publicando-as em veículos de grande circulação.
Os autores que escrevem crônicas como gênero literário, recriam os fatos que relatam e escrevem de um ponto de vista pessoal, buscando atingir a sensibilidade de seus leitores. As que têm esse tom chegam a se confundir com contos. Embora apresente característica de literatura, o gênero também apresenta características jornalísticas: por relatar o cotidiano de modo conciso e de serem publicadas em jornais, as crônicas têm existência breve, isto é, interessam aos leitores que podem partilhar esses fatos com os autores por terem vivido experiências semelhantes.
As características atuais do gênero, porém, não estão ligadas somente ao desenvolvimento da imprensa. Também estão intimamente relacionadas às transformações sociais e à valorização da história social, isto é, da história que considera importantes os movimentos de todas as classes sociais e não só os das grandes figuras políticas ou militares. No registro da história social, assim como na escrita das crônicas, um dos objetivos é mostrar a grandiosidade e a singularidade dos acontecimentos miúdos do cotidiano.
Ao escrever as crônicas contemporâneas, os cronistas organizam sua narrativa em primeira ou terceira pessoa, quase sempre como quem conta um caso, em tom intimista. Ao narrar, inserem em seu texto trechos de diálogos, recheados com expressões cotidianas.
Escrevendo como quem conversa com seus leitores, como se estivessem muito próximos, os autores os envolvem com reflexões sobre a vida social, política, econômica, por vezes de forma humorística, outras de modo mais sério, outras com um jeito poético e mágico que indica o pertencimento do gênero à literatura.
Assim, uma forte característica do gênero é ter uma linguagem que mescla aspectos da escrita com outros da oralidade. Mesmo quando apresenta aspectos de gênero literário, a crônica, por conta do uso de linguagem coloquial e da proximidade com os fatos cotidianos, é vista como literatura “menor”. Ao registrar a obra de grandes autores, como Machado, por exemplo, os críticos vêem em seus romances como as verdadeiras obras de arte e as crônicas como produções de segundo plano. Essa classificação como gênero literário menor não diminui sua importância. Por serem breves, leves, de fácil acesso, envolventes, elas possibilitam momentos de fruição a muitos leitores que nem sempre têm acesso aos romances.
No Brasil, a partir da segunda metade do século XIX, muitos autores famosos passaram a escrever crônicas para folhetins. Coelho Neto, José de Alencar, Machado de Assis estavam entre aqueles que sobreviviam do jornalismo enquanto criavam seus romances.
Os cronistas, atualmente, são numerosos e costumam ter, cada um deles, seus leitores fiéis. Hoje, os cronistas nem sempre são romancistas que escrevem crônicas para garantir sua sobrevivência. Há aqueles que vêm do meio jornalístico ou de outras mídias, como rádio e TV. Por isso, a publicação do gênero também ocorre em meios diversificados: há cronistas que lêem suas crônicas em programas de TV ou rádio e outros que as publicam em sites na internet.
Pelo fato dos autores serem originários de diferentes campos de atividade e de publicarem seus textos em várias mídias, as crônicas atuais apresentam marcas dessas atividades. Por isso, há, atualmente, diferentes estilos de crônicas, associados ao perfil de quem as escreve. Todos os estilos, porém, acabam por encaixar-se em três grandes grupos de crônicas: as poéticas, as humorísticas e as que se aproximam dos ensaios. Estas últimas têm tom mais sério e analisam fatos políticos, sociais ou econômicos de grande importância cultural.
*Heloísa Amaral é mestre em educação, autora do Caderno do Professor - Orientação para produção de textos - Pontos de vista. (Último acesso 16/06/201)

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