Não sei que idade tinha exatamente, mas é uma lembrança muito forte a do dia em que meu pai pegou o único livro que tínhamos em casa, a bíblia, e leu a história de Sansão. Lembro-me como se fosse hoje, do quanto lutei para não adormecer e ouvir o final. Meu pai por esse pequeno ato me deixou de herança eterna o amor a Deus, que deu aquela força a Sansão e a leitura. Hoje não consigo ler sem lembrar constantemente daquele dia, pois foi um marco na minha vida.
Após esse evento, o próximo que me lembro com clareza, é o de estar diante do livro Rapunzel, o qual insisti para que minha mãe o comprasse e esse eu já li sozinha.
Não me lembro de no decorrer de minha vida ter tido qualquer obstáculo quanto à leitura, exceto quanto li obrigatoriamente, no Ensino Médio, o livro AMOR DE PERDIÇÃO (Camilo Castelo Branco) do qual não apreendi nada, achei chato e vocabulário incompreensível (só para fazer uma prova de literatura a qual, logicamente, tirei uma nota baixa e disso me lembro bem), mas que na faculdade resolvi enfrentar essa decepção e ler novamente (para mim, essa foi a primeira vez de verdade). Ele se tornou uma grande paixão, pois acredito que a maturidade já havia chegado para entender aquela história.
Sempre li e leio muito, mas aquilo que me interessa. Sou leitora assídua desde bulas até dicionários. Sou leitora compulsiva e curiosa e sinto a bagagem que carrego de conhecimento daquilo que li.
Para concluir uma frase de Umberto Eco:
"A leitura é uma necessidade biológica da espécie. Nenhum ecrã e nenhuma tecnologia conseguirão suprimir a necessidade de leitura tradicional."
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