sexta-feira, 28 de junho de 2013

Situação de aprendizagem
Publico alvo: 9 ano
Antes da leitura:
 1 – Ativação de conhecimentos prévios:
O que vocês sabem sobre crônica? Em que veículo de comunicação o texto circula? Vocês conhecem o escritor Moacir Scliar?  O que sugere a palavra pausa referente no título do texto? De que tipo de pausa vocês acham que o texto vai tratar?
 2 – Levantamento de hipótese:
Quando o personagem vai sair novamente e para onde ele vai?
 3 – Comparação de informações:
 Explique a contradição das expressões: “não há tempo, estou com pressa”e “guiava vagarosamente”.
 4 – Percepção de relações e intertextualidade:
Música: “Cotidiano” Chico Buarque: http://www.youtube.com/watch?v=yaaBYtWeKjA
Qual a relação de “pausa” nos dois textos?
5 – Percepção de outras linguagens:
Interdiscursividade:
Propor assistir o filme “Click” em que o protagonista também quer fugir de algo. No caso do texto pausa, Samuel faz uma pausa para poder descansar, no filme a personagem também pausa o que lhe convém.
6 – elaborações de apreciação. Valores éticos ou políticos:
Comente a atitude do marido ao mentir para a esposa todos os domingos. É correto? Justifique sua resposta.

Professores:
Ana Lúcia Matthiesen Zutin (Escola Bispo)
Andriws (Escola...)
Angela Maria de Santis (Escola Luiz Riveli)
Carla R. B. Maffasoli (Escola Bispo)
Célia Regina Custódio de Lima (Escola Tomanik)
Claudete Gonçalves Pires dos Santos (Escola Albino de Mello)
Denise Regina Denuncio (Escola Bispo)
Edna Santos Mition (Escola Scheledorn)
Franscislene de F. Naves (Escola Armando Dias)
Maria Zélia R. Batista (Ana Maria Pagiossi)
Marilda Maisi (Escola albino de Mello)
Marta Elisa Bueno Dias (Escola Marcos Sodré)
Meiryellen Herling (Armando Dias)
Odirléia Regina Rimes de Souza (Escola Jurandir de Souza)
Rosane dos Santos (Escola Armando Dias)
Sandra Maria Martins (Escola Bispo)
Sandra R. S. Scheledorn (Escola Maria de Almeida)
Suely Cristina de Souza santos (Escola Ana Maria Pagiossi)



 Sandra, Edna, Zélia, Suely, Ordiléia, Carla, marta, Andriws, Sandra,Ana Lúcia, Denise, francislene, Ângela, Marilda, Rosane, Claudete.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Sequência Didática – Texto “O avestruz”
(para 6º e 7º anos)

Aulas: 4 a 6

Objetivos:  Analisar o gênero literário crônica, bem como a linguagem literária impressa nele. Ativar conhecimento do mundo relacionando o assunto proposto pelo texto ao cotidiano do aluno.
.
Competência e habilidade: Leitura  e reflexão  de um gênero literário, bem como a ativação do conhecimento de mundo a partir de dados reais.

Estratégias: Levantar o conhecimento prévio sobre o animal registrando na lousa; verificar se o texto confronta ao conhecimento levantado.

Recursos: lousa, giz, xerox do texto, sulfite, lápis de cor

Avaliação: Produzir uma ilustração sobre o espaço físico que o animal vive, bem como a construção de uma produção de texto sobre como seria o convívio  deste animal com a cidade, considerando a SD como elementos fundamentais da confecção dos textos.


1- Ativação de conhecimentos prévios; antecipação ou predição; checagem de hipóteses:
  • Título na lousa – checagem de hipóteses: vocês conhecem um avestruz? De onde? Onde ele vive? O que come?
  • Apresentação do texto – através do título: do que acham que se trata o texto? O que pode ser?
  • O que é uma crônica? Quais suas características?  Quais semelhanças com uma narração? Onde encontramos este tipo de texto?
  • Professor recupera informações sobre gênero crônica (características)
  • Leitura da professora para os alunos.
  •  
2- Localização de informações; comparação de informações; generalizações:
  • Pesquisar no dicionário o significado de palavras ou expressões que desconheçam
  • Sublinhar, no texto, a descrição do avestruz.
  •  
3- Produção de inferências locais; produção de inferências globais:
  • Você conhece o autor? Já leu algo sobre ele? Quando? Onde?
  • Explanação do professor sobre o autor.

4- Recuperação do contexto de produção; definição de finalidades e metas da atividade de leitura:
  • Retomada pelo professor do gênero crônica (características)
  • Pedir ao aluno para reconhecer foco narrativo, tempo, espaço, personagens, clímax, desfecho...

5- Percepção das relações de intertextualidade; percepção das relações de interdiscursividade:
  • Questionamentos – já assistiu filmes ou documentários sobre este animal? Quando? Onde? Depoimento das crianças
  • Apresentação do texto; “A incapacidade se ser verdadeiro” (Carlos Drummond de Andrade)

6- Percepção de outras linguagens; elaboração de apreciações estéticas e/ou afetivas; elaboração de apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos:
·         Abrir discussões sobre: por que o garoto pediu justamente este animal? É comum crianças pedirem este presente aos pais?  Por que da sua insistência? Por que o garoto não pediu, talvez, um gato, passarinho, cachorro ou outro animal domesticável?
·         Pedir aos alunos a elaboração de um pequeno texto apresentando suas opiniões a respeito.

Referência Bibliográficas

DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (Francófona). In: ______. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2012. p. 35-60.
GUEDES, Paulo Coimbra; SOUZA, Jane Mari de. Leitura e escrita são tarefas da escola e não só do professor de português. In: Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. 9. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2011.
ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. In: Curso EaD/EFAP. Leitura e escrita em contexto digital – Programa Práticas de leitura e escrita na contemporaneidade. 2012.
PRATA, Mario. O avestruz

segunda-feira, 17 de junho de 2013

SEQUÊNCIA DIDÁTICA - " AVESTRUZ" (MARIO PRATA)

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

A partir da crônica “Avestruz”- Mário Prata

Tempo previsto: 4 a 6 aulas
Conteúdos e temas: Levantamento das características do gênero crônica e aprimoramento  das habilidades de leitura e escrita.
Público alvo: 6ª série/ 7º ano
Justificativa:
Ler e escrever são habilidades essenciais à vida, logo se faz necessário toda e qualquer atividade que vise aprimorá-las e desenvolvê-las.
Objetivos Gerais:
As diversas etapas que essa sequência didática  apresenta, são atividades que procuram  despertar o interesse e envolver os alunos em  um momento agradável de leitura através de um texto leve e que traz  humor ; provocando, assim  risos e o prazer de ouvir histórias. A partir dessa interação o professor poderá  trabalhar com conteúdos diversos na língua Portuguesa. Desenvolver, aprimorar e incentivar a leitura e a escrita.
Objetivos específicos:
Desenvolver:  interesse pela leitura, a significação nas produções textuais;  a investigação;   a argumentação;  a comparação entre textos.
Promover:questionamentos sobre a realidade; a interação entre os alunos nas atividades de leitura e nas rodas de conversa.

Metodologia:
Etapas:
1- Ativação de conhecimentos prévios; antecipação ou predição; checagem de hipóteses:
Preparando para a leitura -  atividade realizada pelo professor:
Colocar o título na lousa e possibilitar uma conversa garantindo a socialização dos conhecimentos a respeito de um avestruz e do gênero Crônica, através de perguntas como:
Alguém conhece ou já viu um avestruz? Conhece de onde?
Como você descreveria um avestruz?
Antecipação ou predição de conteúdos , levantamento de hipóteses:
O texto que será lido tem como título AVESTRUZ. Onde você acha que se passará a história? Sobre o que a história tratará?
Quem já leu uma crônica? Quem era o autor? Alguém já leu algum texto desse autor : Mário Prata? (Nesse caso se os alunos não conhecem seria interessante um breve comentário sobre Mario Prata e seu estilo de compor seus textos).
Checagem de hipóteses:
Iniciar a leitura do texto, mas ler apenas o primeiro período. Abrir espaço para que os alunos exponham suas hipóteses. Levar em conta o que já foi lido e instigar os alunos antecipar conteúdos do texto:
Quem pediria um avestruz como presente de aniversário? Vocês acham que o menino ganhará o presente?
2- Localização de informações; comparação de informações; generalizações:
Prosseguir a leitura até o terceiro parágrafo. Favorecer a localização de informações cruciais do texto por meio de perguntas que direcionem o olhar dos alunos, como:
Onde mora o menino? E onde mora o narrador?
Qual o peso e a altura média de uma avestruz ?
Seria possível ter uma ave desse porte num apartamento?
A que o narrador compara o avestruz? E o seu pescoço?
3- Produção de inferências locais; produção de inferências globais:
Continuar a leitura até o desfecho da história e realizar as seguintes questões:
Existe alguma palavra no texto que vocês não conheçam o significado? ( TPM, menopausa, atrofiada, gigolô ...)
O que o autor quis dizer com a afirmação: “ Uma fêmea de avestruz com TPM é perigosíssima!”
4- Recuperação do contexto de produção; definição de finalidades e metas da atividade de leitura:
Retomada pelo professor do gênero crônica (suas características)
Pedir ao aluno para reconhecer foco narrativo, tempo, espaço, personagens, clímax, desfecho...
Qual a finalidade do autor ao escrever este texto?

5- Percepção das relações de intertextualidade; percepção das relações de interdiscursividade:
Comentários e perguntas do tipo: Alguém  já assistiu filmes ou documentários sobre este animal? Quando? Onde? Depoimento das crianças.
O autor retoma assuntos abordados em um texto de conhecimento mundial, qual seria?
Em quais partes do texto, o autor faz referências à Bíblia?
6- Percepção de outras linguagens; elaboração de apreciações estéticas e/ou afetivas; elaboração de apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos:
Quais argumentos do narrador convenceram o menino a desistir do presente?
O que vocês acharam do texto? Gostariam de ler outros textos desse autor? Percebem qual ou quais mensagens o autor que passar ao leitor?
Os pais de vocês atendem a todos os seus pedidos?
O que vocês pensam sobre os pais que dão tudo o que os filhos pedem?
Proposta de atividade: Elaborem um texto apresentando sua opinião sobre o tema “ Os pais devem atender a todos os pedidos dos filhos”
Recursos:
Lousa, giz,  folhas de sulfite e fichário, lápis de cor, dicionários, livros didáticos.
Avaliação:
Avanços e organizações pessoais;
Observação direta de todas as atividades realizadas pelos alunos;
Registro de participação nas atividades individuais e coletivas;
Expressão oral e escrita.









Avestruz

* Por Mário Prata


O filho de uma grande amiga, pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o que? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.
            Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam a domicílio. E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, Deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que ser assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quando pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.
Outro coisa que faltou foram dedos para ao pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que logo depois, Adão dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio Camelus Australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.
 Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os 40, entrando depois na menopausa, não tem, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!
Podem gerar de 10 a 30 crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento. Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.
 Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. Máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem. Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu. Pedi para a minha amiga levar o garoto numa psicóloga. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.
                                                                              PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/ 6º ano vol. 2
                                                                                Caderno aluno p. 9.Caderno do Professor p. 18.

Referências Bibliográficas:

DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (Francófona). In: ______. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2012. p. 35-60.
PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/6º ano. vol. 2. Caderno do aluno (p. 9) e Caderno do professor (p. 18).
ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. In: Curso EaD/EFAP. Leitura e escrita em contexto digital– Programa Práticas de leitura e escrita na contemporaneidade. 2012.

Sites:

http://escrevendo.cenpec.org.br/index.php?view=article&id=186%3Ao-genero-textual-cronica&option=com_content&Itemid=135

GRUPO NO ENCONTRO PRESENCIAL:

              Ana Paula ( Orozimbo Sóstena )
              Lidiana Borges(Orozimbo Sóstena )
              Suelma Majczak(Orozimbo Sóstena)
              Girlene ( Adib Miguel Haddad )
              Elizete Brito ( Adib Miguel Haddad )
               Nedilaine ( Adib Miguel Haddad )
               Denise Baggio (Odilon Leite Ferraz)
               Denise Álamo (Odilon Leite Ferraz )
               Maria Eliana ( Odilon Leite Ferraz )
               Giscard ( Odilon Leite Ferraz )
               Anali Ramazini Martins ( Jurandyr )
               Ana Maria do Vale ( Albino Melo )
               Neuza Alves(Idoroti de S. Alvarez )
               Andréia Cristina ( Idoroti )
               Solange Márcia ( Idoroti )
               Patrícia Perin ( Idoroti )
               Eneida Costa ( Idoroti )
               Maria Alice ( Idoroti )      


 CURSO ONLINE
  • CLAUDETE GONCALVES PIRES DOS SANTOS
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  • DAYSE DA SILVA MARTINS
  • DENISE OFÉLIA ALAMO DOS SANTOS

Biografia – Mario Prata

Mario Prata é um escritor, dramaturgo, jornalista e cronista brasileiro. É natural de Uberaba, Minas Gerais, mas viveu boa parte da infância e adolescência em Lins, interior de São Paulo. Em mais de 50 anos de escrita, tem no currículo 3 mil crônicas e cerca de 80 títulos, entre romances, livros de contos, roteiros e peças teatrais. Na carreira, recebeu 18 prêmios nacionais e estrangeiros, com obras reconhecidas no cinema, literatura, teatro e televisão.
TEATRO – Em 1970, Mario Prata estreou no teatro com a peça O Cordão Umbilical, com direção de José Rubens Siqueira. Ainda na década de 70, escreveu E se a Gente Ganhar a Guerra? (1971) e abordou o tema da tortura em Fábrica de Chocolate (1979). Nos anos 80, abusou da paródia em Dona Beja (1980), reviu momentos do teatro brasileiro em Salto Alto (1983), discutiu sobre pecado e prazer em Purgatório, uma Comédia Divina (1984) e sexualidade e tabus em Papai & Mamãe – Conversando sobre Sexo (de 1984, em parceria com Marta Suplicy). Seu maior sucesso nos palcos foi Besame Mucho, peça de 1982, que virou filme premiado cinco anos depois. Sua peça mais recente é Eu Falo o que Elas Querem Ouvir, encenada em 2001, com direção de Roberto Lage.
CINEMA – Mario Prata passou a colaborar para o cinema em 1971. Dentre os filmes que roteirizou e escreveu o argumento, estão O Jogo da Vida e da Morte (1971), Chico Rei (1985), Besame Mucho (1987, em parceria com Francisco Ramalho Jr.), Banana Split (1988), Beijo 2348/72 (1991), O Testamento do Senhor Napumoceno (1997) e O Casamento de Romeu e Julieta (2003, com roteiro baseado em um conto do autor).
JORNALISMO – Em começo de carreira, foi repórter na Gazeta de Lins e para o jornal Última Hora. Nos anos 70, colaborou como cronista no Pasquim, ao lado de Millôr Fernandes. Em 1993, passou a assinar uma coluna semanal no jornal O Estado de S. Paulo, onde foi cronista por 11 anos. Também assinou crônicas para diversas publicações nacionais, entre elas as revistas Istoé e Época e o jornal Folha de S. Paulo.
TELEVISÃO – Em 1976, escreveu a primeira novela, Estúpido Cupido, um dos maiores sucessos de audiência na Rede Globo. Escreveu e colaborou ainda nas novelas Sem Lenço, Sem Documento (1977, Rede Globo), Dinheiro Vivo (1979, TV Tupi), Um Sonho a Mais (1985, co-autoria), Helena (1987, Rede Manchete) e Bang Bang (2005, Rede Globo). Dentre as minisséries, telerromances e programas Caso Verdade, estão Xico Rey (1978), O Resto é Silêncio e O Vento do Mar Aberto (1981, TV Cultura), Música ao Longe (1982, TV Cultura), Avenida Paulista, Devolvam meu Filho e O Homem do Disco Voador (1982, Rede Globo) e A Máfia no Brasil (1984, Rede Globo).

LITERATURA – Sua estreia na literatura foi em 1969, com o texto O Morto que Morreu de Rir. Em 1987, a premiada peça teatral Besame Mucho foi lançada em livro. Explorando gêneros, escreveu e participou de dez coletâneas literárias e da coleção Quem Conta um Conto, projeto adotado em escolas, com organização do professor Samir Curi Meserani. De 1970 a 1987, Mario Prata também escreveu e participou de cinco publicações para o público infantil.
Na década de 90, o autor lançou os seguintes livros para o público adulto: Schifaizfavoire (1993), James Lins, o Playboy que (não) deu certo (1994), Filho é Bom, Mas Dura Muito (1995), Mas Será o Benedito? (1996), Diário de um Magro (1997), 100 Crônicas (1997, pelo Estadão), Minhas Vidas Passadas – a limpo (1998) e Minhas Mulheres e Meus Homens (1999).
Em 2000, escreveu inteiramente online o livro Os Anjos de Badaró, o primeiro projeto do tipo no país. Nesta década, lançou Minhas Tudo (2001), Buscando o seu Mindinho (2002), Palmeiras, um Caso de Amor (2002), Diário de um Magro 2 (2004), Paris, 98! (2005), Purgatório – A Verdadeira História de Dante e Beatriz (2008) e Cem Melhores Crônicas – que, na verdade, são 129 (2008). Os livros de Mario Prata estiveram na lista de mais vendidos nove vezes, liderando-a em seis ocasiões. Mais recentemente, o autor tem se dedicado à literatura policial, com dois livros publicados do gênero: Sete de Paus (2008) e Os Viúvos (2010). Sua publicação mais recente é Almanaque Pinheiro Neto, livro comemorativo lançado em 2012.(Último acesso 16/06/2013).



Heloisa Amaral*
A palavra “ crônica”, em sua origem, está associada à palavra grega “khrónos”, que significa tempo. De khrónos veio chronikós, que quer dizer “relacionado ao tempo”. No latim existia a palavra “chronica”, para designar o gênero que fazia o registro dos acontecimentos históricos, verídicos, numa seqüência cronológica, sem um aprofundamento ou interpretação dos fatos. Como se comprova pela origem de seu nome, a crônica é um gênero textual que existe desde a Idade Antiga e vem se transformando ao longo do tempo. Justificando o nome do gênero que escreviam, os primeiros cronistas relatavam, principalmente, aqueles acontecimentos históricos relacionados a pessoas mais importantes, como reis, imperadores, generais etc.
A crônica contemporânea é um gênero que se consolidou por volta do século XIX, com a implantação da imprensa em praticamente todas as partes do planeta. A partir dessa época, os cronistas, além de fazerem o relato em ordem cronológica dos grandes acontecimentos históricos, também passaram a registrar a vida social, a política, os costumes e o cotidiano do seu tempo, publicando seus escritos em revistas, jornais e folhetins. Ou seja, de um modo geral, importantes escritores começam a usar as crônicas para registrar, de modo ora mais literário, ora mais jornalístico, os acontecimentos cotidianos de sua época , publicando-as em veículos de grande circulação.
Os autores que escrevem crônicas como gênero literário, recriam os fatos que relatam e escrevem de um ponto de vista pessoal, buscando atingir a sensibilidade de seus leitores. As que têm esse tom chegam a se confundir com contos. Embora apresente característica de literatura, o gênero também apresenta características jornalísticas: por relatar o cotidiano de modo conciso e de serem publicadas em jornais, as crônicas têm existência breve, isto é, interessam aos leitores que podem partilhar esses fatos com os autores por terem vivido experiências semelhantes.
As características atuais do gênero, porém, não estão ligadas somente ao desenvolvimento da imprensa. Também estão intimamente relacionadas às transformações sociais e à valorização da história social, isto é, da história que considera importantes os movimentos de todas as classes sociais e não só os das grandes figuras políticas ou militares. No registro da história social, assim como na escrita das crônicas, um dos objetivos é mostrar a grandiosidade e a singularidade dos acontecimentos miúdos do cotidiano.
Ao escrever as crônicas contemporâneas, os cronistas organizam sua narrativa em primeira ou terceira pessoa, quase sempre como quem conta um caso, em tom intimista. Ao narrar, inserem em seu texto trechos de diálogos, recheados com expressões cotidianas.
Escrevendo como quem conversa com seus leitores, como se estivessem muito próximos, os autores os envolvem com reflexões sobre a vida social, política, econômica, por vezes de forma humorística, outras de modo mais sério, outras com um jeito poético e mágico que indica o pertencimento do gênero à literatura.
Assim, uma forte característica do gênero é ter uma linguagem que mescla aspectos da escrita com outros da oralidade. Mesmo quando apresenta aspectos de gênero literário, a crônica, por conta do uso de linguagem coloquial e da proximidade com os fatos cotidianos, é vista como literatura “menor”. Ao registrar a obra de grandes autores, como Machado, por exemplo, os críticos vêem em seus romances como as verdadeiras obras de arte e as crônicas como produções de segundo plano. Essa classificação como gênero literário menor não diminui sua importância. Por serem breves, leves, de fácil acesso, envolventes, elas possibilitam momentos de fruição a muitos leitores que nem sempre têm acesso aos romances.
No Brasil, a partir da segunda metade do século XIX, muitos autores famosos passaram a escrever crônicas para folhetins. Coelho Neto, José de Alencar, Machado de Assis estavam entre aqueles que sobreviviam do jornalismo enquanto criavam seus romances.
Os cronistas, atualmente, são numerosos e costumam ter, cada um deles, seus leitores fiéis. Hoje, os cronistas nem sempre são romancistas que escrevem crônicas para garantir sua sobrevivência. Há aqueles que vêm do meio jornalístico ou de outras mídias, como rádio e TV. Por isso, a publicação do gênero também ocorre em meios diversificados: há cronistas que lêem suas crônicas em programas de TV ou rádio e outros que as publicam em sites na internet.
Pelo fato dos autores serem originários de diferentes campos de atividade e de publicarem seus textos em várias mídias, as crônicas atuais apresentam marcas dessas atividades. Por isso, há, atualmente, diferentes estilos de crônicas, associados ao perfil de quem as escreve. Todos os estilos, porém, acabam por encaixar-se em três grandes grupos de crônicas: as poéticas, as humorísticas e as que se aproximam dos ensaios. Estas últimas têm tom mais sério e analisam fatos políticos, sociais ou econômicos de grande importância cultural.
*Heloísa Amaral é mestre em educação, autora do Caderno do Professor - Orientação para produção de textos - Pontos de vista. (Último acesso 16/06/201)

domingo, 16 de junho de 2013

LEITURA E PRODUÇÃO DE RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVIDA

SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA LEITURA DE RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVIDA

PÚBLICO ALVO:

7º ANO

AULAS PREVISTAS:
  • 3 AULAS -  PARA LEITURA, ANÁLISE E DISCUSSÃO DO TEXTO;
  • 1 AULA   -  PARA RETOMADA DAS CARACTERÍSTICAS DO TEXTO E DISCUSSÃO SOBRE A ESTRUTURA QUE O TEXTO PRODUZIDO DEVERÁ APRESENTAR
  • 2 AULAS -  PARA RASCUNHO E REESCRITA DO RELATO
MATERIAL:

FOTOCÓPIAS DO TEXTO PARA CADA ALUNO, DICIONÁRIO, LOUSA, GIZ

OBJETIVO:

NESSE PONTO, OS ALUNOS TERÃO FEITO A LEITURA DE VÁRIOS TIPOS DE RELATOS COMO A PÁGINA DE DIÁRIO, A NOTÍCIA E A BIOGRAFIA POR EXEMPLO E O OBJETIVO É ALÉM DE MOSTRAR OUTRO TIPO DE TEXTO DO GÊNERO RELATAR  É TAMBEM DIFERENCIAR UM DO OUTRO.
SUGESTÃO: PODE SER APLICADA COMO UMA ATIVIDADE AVALIATIVA APÓS AS PRIMEIRAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM DO CADERNO DO ALUNO - VOL. II

TEMA:

ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:

DESENVOLVIMENTO DE PROCEDIMENTOS DE LEITURA QUE SERÃO UTILIZADOS EM TODAS AS DISCIPLINAS, PRODUÇÃO DE RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVIDA

TEXTO: MEU PRIMEIRO BEIJO

     É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...
     Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:
" Você é a glicose do meu metabolismo.
Te amo muito!
Paracelso"
     E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.
     No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
     - Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.
     Mas ele continuou:
     - Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
     - A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...
     Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus.
     Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.
     E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.
Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!
 
BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6.
 
Produção de inferências locais; produção de inferências globais

AUTOR: ANTONIO BARRETO - (Antonio de Pádua Barreto Carvalho) nasceu em Passos (MG) em 13 de junho de 1954. Reside em Belo Horizonte desde 1973. Morou também em algumas cidades do Oriente Médio, onde trabalhou como projetista de Engenharia Civil, na construção de estradas, pontes e ferrovias. Tem vários prêmios nacionais e internacionais de literatura, para obras inéditas e publicadas, nos gêneros: poesia, conto, romance e literatura infanto-juvenil. Entre eles: Prêmio Jabuti (Câmara Brasileira do Livro - três  vezes, oito vezes indicado), Bolsa Vitae de Literatura, Prêmio Remington, Bienal Nestlé de Literatura, Prêmio Minas de Cultura, Prêmio Nacional de Contos do Paraná, Prêmio “Guimarães Rosa” de romance, Prêmio “Emílio Moura” de poesia, Prêmio “Cidade de Belo Horizonte” - poesia e contos, Prêmio “João-de-Barro” de literatura infantil e juvenil , Prêmio “Carlos Drummond de Andrade” e “Manuel Bandeira” de poesia, UBE (SP), UBE (PE), UBE(RJ); Prêmio “Henriqueta Lisboa”, Prêmio “Petrobrás” de Literatura, Prêmio Nacional de Literatura/UFMG, Prêmio Bienal do Livro de BH, Prêmio Bienal Internacional do Livro de SP, Prêmios de “Leitura Altamente Recomendável” para crianças e jovens/FNLIJ-RJ, Prêmio “Tereza Martin” de Literatura, Prêmio Internacional da Paz/Poesia (ONU), Prêmio “Ezra Jack Keats” da Unesco/Unicef (EUA), Prêmios/ Obras/Catálogo do IBBY (Unesco) e Prêmios/Obras/Catálogos Bienais Internacionais do Livro de Bratislava, Barcelona, Bolonha, Frankfurt e Cidade do México. Participa também de várias antologias nacionais e estrangeiras de poesia e contos. Foi redator do Suplemento Literário do Minas Gerais, articulista e cronista do jornal Estado de Minas e da revista “Morada” (BH). Colabora com textos críticos, poemas e artigos de opinião para “El Clarín” (Buenos Aires), “Ror” (Barcelona); “Zidcht” (Frankfurt), “Somam” (Bruxelas); ” : e outros periódicos. Atualmente coordena a Coleção “Para Ler o Mundo”, da Formato Editori.

 Ativação de conhecimentos prévios; antecipação ou predição; checagem de hipóteses:

ATIVIDADE ORAL

1. QUEM JÁ DEU O PRIMEIRO BEIJO? COMO FOI?

Registrar na lousa: local e idade e impressões sobre o ato na lousa para comparação posterior a leitura de até 3 relatos.

2. O QUE VOCÊ SUPÕE ESTAR ESCRITO NUM TEXTO COM O TÍTULO: MEU PRIMEIRO BEIJO?

3. ONDE E COMO VOCÊ ACHA QUE FOI O BEIJO DO TEXTO?

4. QUE IDADE VOCÊ ACHA QUE OS PERSONAGENS ENVOLVIDOS TINHAM?

5. VOCÊ ACHA QUE OS PERSONAGENS JÁ SE CONHECIAM?

6. SERÁ QUE ESSE BEIJO OCORREU DE FATO?

APÓS ESSE QUESTIONAMENTO O PROFESSOR FAZ A LEITURA E VOZ ALTA, FAZENDO PARADAS PARA CHECAGEM DE HIPÓTESES LEVANTADAS PELOS ALUNOS ATÉ A CONCLUSÃO DA LEITURA;  
Recuperação do contexto de produção; definição de finalidades e metas da atividade de leitura:

RECUPERAR CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO, FINALIDADE DO TIPO DE TEXTO E EM OCASIÕES PODERÁ SER UTILIZADO.
APÓS A LEITURA O PROFESSOR DEVERÁ ENTREGAR O TEXTO PARA OS ALUNOS.

RESPOSTA DAS QUESTÕES ABAIXO COM LEITURA SILENCIOSA E INDIVIDUALMENTE, NO CADERNO.

ATIVIDADE ESCRITA

Localização de informações; comparação de informações; generalizações:

ANTES DE INICIAR A ATIVIDADE A SEGUIR PEDIR QUE SUBLINHEM AS PALAVRAS OU EXPRESSÕES QUE TIVERAM DIFICULDADES PARA ENTENDER UTILIZANDO DICIONÁRIO PARA PESQUISA E A PARTIR DO SIGNIFICADO ASSOCIA-LOS AO SIGNIFICADO DENTRO DO TEXTO.

1. QUAL O TIPO DE NARRADOR DESSE RELATO? ELE É UM GAROTO OU UMA GAROTA? REESCREVA O TRECHO DO PRIMEIRO PARÁGRAFO QUE COMPROVA SUA RESPOSTA.

Produção de inferências locais; produção de inferências globais:

2. O QUE QUER DIZER A EXPRESSÃO CULTURA INÚTIL? QUAL A PROVÁVEL RAZÃO DE O PERSONAGEM POSSUIR ESSE APELIDO?

3. QUAL O TIPO DE TEXTO DO TRECHO DESTACADO ENTRE ASPAS?

Percepção de outras linguagens; elaboração de apreciações estéticas e/ou afetivas; elaboração de apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos:

4. COMO O PERSONAGEM FEZ A NARRADORA ENTENDER QUE ELE QUERIA LHE DAR UM BEIJO? A QUE DISCIPLINA PERTENCE OS TERMOS UTILIZADOS PELO PERSONAGEM PARA DESCREVER O QUE ACONTECE QUANDO SE DÁ UM BEIJO? (INGLÊS, MATEMÁTICA OU CIÊNCIAS)

5. OS PERSONAGENS CONTINUARAM NAMORANDO? QUAL PARÁGRAFO COMPROVA SUA RESPOSTA?

6. QUAIS SÃO OS TERMOS UTILIZADOS PARA NOMEAR A PESSOA NA QUAL A NARRADORA DEU SEU PRIMEIRO BEIJO?

7. VOCÊ ACHA QUE É CORRETO COLOCAR APELIDO NAS PESSOAS?

8. O QUE O NARRADOR SUGERE AO DIZER QUE ESTAVAM VIRGENS NO ASSUNTO?

9. VOCÊ ACHA QUE EXISTE UMA IDADE CERTA PARA O PRIMEIRO BEIJO?

Percepção das relações de intertextualidade; percepção das relações de interdiscursividade:

10. HÁ ALGUMA SEMELHANÇA ENTRE OS RELATOS FEITOS PELOS COLEGAS E O TEXTO LIDO?

11. CITE UM TEXTO OU FILME COM UMA HISTÓRIA PARECIDA COM ESSA.

PRODUÇÃO DE TEXTO

INDIVIDUALMENTE, PRODUZIR UM RELATO SOBRE UMA EXPERIÊNCIA COMO A VIVIDA PELOS PERSONAGENS ACIMA. ESCREVA SOBRE ALGO QUE VOCÊ NUNCA TINHA FEITO E QUE QUERIA MUITO FAZER, COMO VOCÊ SE SENTIA ANTES, DURANTE E DEPOIS DESSA EXPERIÊNCIA.

QUEM NÃO TIVER UMA EXPERIÊNCIA COMO A DO TEXTO PARA CONTAR, PODE FALAR SOBRE SUA PRIMEIRA FESTA DE ANIVERSÁRIO, UM PASSEIO OU VIAGEM QUE QUERIA MUITO FAZER.

AVALIAÇÃO:

OS ALUNOS SERÃO AVALIADOS COLETIVAMENTE DURANTE A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DO TEXTO E ATRAVÉS DA PRODUÇÃO TEXTUAL ACIMA

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BAKHTIN, M. M./VOLOCHINOV, V. N. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1992.
BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. In:______ Balada do Primeiro Amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-136.
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (Francófona). In: ______. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2012. p. 35-60.
GUEDES, Paulo Coimbra; SOUZA, Jane Mari de. Leitura e escrita são tarefas da escola e não só do professor de português. In: Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. 9. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2011.
ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. In: Curso EaD/EFAP. Leitura e escrita em contexto digital – Programa Práticas de leitura e escrita na contemporaneidade. 2012.
  
PARTICIPANTES:
ENCONTRO PRESENCIAL
  • DAYSE, ANA PAULA, ANDREZA – ADIB;
  • ALESSANDRA, LEIA – REZENDE;
  • MONIQUE – TOMANIK;
  • PRISCILA – PAGIOSSI;
  • IVANI, CLAUDIA – OROZIMBO SOSTENA;
  • ELIANE – GANDRA;
  • MAGDA, SUMARA – NAPOLEÃO MAIA.

CURSO ONLINE
  • CLAUDETE GONCALVES PIRES DOS SANTOS
  • CLAUDIA DAS GRACAS FERNANDES
  • DAYSE DA SILVA MARTINS
  • DENISE OFÉLIA ALAMO DOS SANTOS

domingo, 9 de junho de 2013

O GÊNIO DO CRIME

 O GÊNIO DO CRIME
OS ALUNOS DO 6º ANO DA E.E, ADIB MIGUEL HADDAD - JUNDIAÍ, TERMINARÃO, NESSA SEMANA, A LEITURA DO LIVRO "O GÊNIO DO CRIME - JOÃO CARLOS MARINHO" E ESTÃO ANCIOSOS PARA SABER O FINAL DA HISTÓRIA. ALGUNS ATÉ DISSERAM QUE IRIAM PROCURAR NA INTERNET PARA VER SE DESCOBRIRIAM COMO TERMINA.
A LEITURA DO LIVRO É PARTE DE UM PROJETO QUE ESTOU DESENVOLVENDO PARA TENTAR CRIAR ESSE HÁBITO COM OS PEQUENOS E PARA QUEM GOSTA DE UMA BOA HISTÓRIA DE DETETIVE FICA AQUI A DICA DE UM ÓTIMO LIVRO.
PARA QUEM QUISER LER ONLINE CLIQUE NA LEGENDA ACIMA E DIVIRTA-SE.

sábado, 8 de junho de 2013

7 ano do Ensino Fundamental em contato com os Mestres da Literatura

Quero dividir com vocês o trabalho de leitura que realizei no ano passado com os alunos do 7 ano.
Propus a divisão de grupos de 5 alunos, onde eles trabalhariam com um Mestre da Literatura. Selecionei alguns nomes como Machado de Assis,  Guimarães Rosa,   Cecília Meireles, Vinicius de Moraes e outros.
Os alunos tinham a tarefa primeira de conhecê-los, para isso levei-os a sala de informática para que pesquisassem biografia, textos, videos, sobre o autor.
Após a pesquisa, fizemos uma discussão sobre as informações levantadas. Na sequência eles elegeram um texto para trabalhar e posteriormente apresentar para a classe.
O critério era que todos deveriam se posicionar atentando-se para a linguagem oral, e entre os recursos utilizados deveriam ter um vídeo elaborado por eles.
O resultado foi interessantíssimo surgiram apresentações co exploração aguçada da tecnologia, bem como apresentações mais simples, mas todos criaram algo e inovaram em falar desse nomes consagrados.
O depoimento dos alunos foi que descobriram possibilidades de ler e interagir com o texto, um autor  puxou a pesquisa para outtro, alunos que leram contos de Machados  se interessaram por romances do mesmo autor , bem como de outros nomes.
Esta atividade teve a duração de 1 mês, utilizando 2 aulas seanais. O resultado foi extremamente satisfatório.
Olá Pessoal!!!!
Ler e ouvir os depoimentos de leituras desses artistas e escritores, foram importantes para que eu resgatasse minhas memórias  leitoras, bem como permitiu uma reflexão sobre este ato na vida do indivíduo.
Destaco o depoimento de Rubens Alves, escritor que tenho grande apreço, quando ele diz sobre o ato devorador que fazemos ao lermos um bom texto, de fato sinto que passo a ser um pouco do autor, incorporo suas idéias as minhas, e isto me faz muito bem. Já o pensamento do Antonio Candido é a interpretação que sempre tive, desde o momento que compreendi o que o livro proporciona, a liberdade  de ver e sentir o mundo e tudo isto de forma solitária e amigável com o objeto livro, como afirma Newton Mesquita.
Selecionei estes três depoimentos, por virem de encontro com minha experiência leitora, Percebi a magia dos livros na passagem da pré- adolescência para a adolescência, daí para cá nunca mais parei de ler, este momento foi despertado por algumas pessoas importantes de minha vida, meus avós que gostavam de contar histórias, minha mãe que sempre falava da importância dos livros e claro minha professora de língua portuguesa da 5ª série que mostrou a coleção vaga-lume pela primeira vez.
Foi na escola que pude manusear os primeiros livros, lembro que a professora levava caixas para a sala de aula, para escolhermos e anotava para podermos devolvê-los depois, o primeiro livro foi Sozinha no Mundo do escritor Marcos Rey, lembro que no prazo de duas semanas que tínhamos para ler, Li três vezes a mesma história de tanto que gostei, não via a hora de devolver e pegar outro, e mais outro.
Ler as histórias várias vezes me proporcionava um prazer inigualável, era como se fizesse parte daquele mundo imaginado, assim como ouvir as histórias de meus avôs era fantástico, pedia para contar inúmeras vezes a mesma história e sempre aprendia com aquelas experiências. Depois de ouvir e reler gostava de escrever, criar as minhas histórias, tudo isto foi fundamental para a escolha profissional, pois cheguei a universidade tendo vivido leituras fantásticas durante toda a adolescência e vida adulta.
Explorei as bibliotecas municipais de minha cidade de forma tão intensa, que fiquei conhecida dos funcionários como sendo a jovem que mais lia, de fato passei a conhecer cada canto da biblioteca, naveguei pela literatura de Machado de Assis a Thomas Man, memórias que tento passar hoje para meus alunos, do quanto aprendi sobre a consciência humana, sobre a cultura de um povo, a beleza das paisagens, enfim o quanto a leitura possibilitou a abertura dos meus horizontes..
Os vídeos do Gilberto Gil e Gabriel Pensador, reforçaram o quanto a influência externa  colaboram com o desenvolvimento leitor, eles foram incentivados, assim como fui, por pessoas que necessariamente não estavam dentro da escola, mas sim na família, o que comprova que o incentivo a leitura está a além dos muros da escola,  já que não há lugar de aprender, todo  espaço lugar é momento de aprender, é com este pensamento que procuro desenvolver meu trabalho.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Procedimentos para Reescrita! Muito legal!




“Quando não estou escrevendo, eu simplesmente não sei como se escreve. Se não soasse infantil e falsa a pergunta das mais sinceras, eu escolheria um amigo escritor e lhe perguntaria: como é que se escreve? Por que, realmente, como é que se escreve? que é que se diz? e como dizer? e como que se começa? e que é que se faz com o papel em branco nos defrontando tranquilo? Sei que a resposta, por mais que intrigue, é a única: escrevendo.”
Clarice Lispector. “Como é que se escreve”, in: A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, pp. 156-157.

Escrever não é um talento natural. É uma habilidade que pode ser desenvolvida, mas que exige do autor um trabalho artesanal, resultado de sucessivas versões, de muitas idas e vindas.
Na escola, esse processo não é diferente. Talvez seja mais trabalhoso, já que estamos falando de aprendizes. À medida que o aluno autor vai conquistando maior autonomia, sabe o que dizer, como dizer, quais palavras usar, além de analisar e corrigir o que foi dito.
O ideal é que o estudante vivencie a escrita como prática social; nesse contexto, a reescrita passa a fazer parte do processo de produção do texto. Assim, o aluno autor aprende a ordenar as informações, identificar o que precisa contar ou explicar melhor, decidir o que cortar, substituir, refinar, para que a escrita atenda o leitor real, o suporte1 e o local de circulação social do texto.

 Por onde começar?


O primeiro passo é seu, professor. É importante planejar os procedimentos antes de iniciar a proposta de reescrita do texto em sala de aula:
 Descubra os conhecimentos que o aluno tem de mundo, de língua, de leitura, para compreender de que lugar ele fala.
 Leia e analise a escrita dos alunos para diagnosticar os saberes e as dificuldades recorrentes. Observe:

– as peculiaridades do gênero;
– a estrutura do texto;
– a coerência no desenvolvimento das ideias;
– se o nível de informação corresponde às características do leitor pretendido;
– os recursos de coesão utilizados;
– se a variedade linguística e o registro escolhido são adequados ao tema, ao objetivo e à situação interlocutiva;
– a ortografia;
– a pontuação.
 Elabore uma lista dos problemas mais comuns da turma, para ajustar as atividades de intervenção.

• Planeje a forma de apresentar o roteiro de revisão2, incluindo os aspectos a serem observados.

A vez e a voz do aluno-autor

Professor, lembre-se de que é fundamental preservar a voz do autor, o sentido estético e a força semântica do texto para que se possa atingir a finalidade a que se propõe.

Na sala de aula
 
• Retome com os alunos a situação de comunicação: para quem escrevo, com que objetivo, sobre o que escrevo, qual o suporte e em que espaço a produção irá circular;

• Faça perguntas que os levem a refletir sobre o texto;

• Encoraje os alunos a achar um jeito próprio de dizer, a encontrar o tom (informal, irônico, crítico, formal...) que deseja imprimir à escrita;

• Ajude-os a ocupar o lugar de leitor do próprio texto ou de um leitor presumido;

• Não desanime! É possível dividir a tarefa em etapas com objetivos bem delimitados e desenvolver um trabalho colaborativo propondo questões que ajudem os alunos a ver e rever o texto. Anime-os com várias atividades coletivas de reescrita antes de propor o trabalho em pequenos grupos ou duplas e a autocorreção.

Como intervir?


• Inicie a conversa destacando as qualidades do texto;

• Mostre os principais problemas e dê indícios que ajudem o aluno a identificá-los e a refletir sobre eles;

• Faça perguntas que orientem, sem sobrepor ou impor, o que pode ser feito;

• Organize anotações que ajudem o aluno a retomar o texto depois da conversa. Estabeleça um diálogo: escreva bilhetes, faça perguntas, apresente dados, ofereça elementos que direcionem o trabalho de revisão.

Olhando o texto – algumas possibilidades


Dois exemplos – um poema e uma crônica – foram escolhidos para ilustrar possíveis intervenções.


O texto revela que o aluno-poeta

• sabe que o poema tem estrutura diferente da prosa;

• usa estrofes, versos, organizados em quadras;
 
• traz para o poema muito ritmo, cadência e musicalidade;
• caracteriza a cidade de um jeito carinhoso (pequena, com povo gentil e hospitaleiro);
 
• descreve as belezas naturais do lugar (pássaros, rios e cachoeiras de águas limpas, onde se pode brincar e pescar), um convite convincente ao leitor;
• manifesta tensão entre o que dizer (conteúdo) e o jeito de dizer (forma);
• apoia-se na rima para compor os versos: lindeza/ gentileza/ natureza/ beleza/ tirolesa; comigo/ brigo;
• usa a 3ª pessoa do singular para falar da cidade: “Ela fica no interior”.


Intervenções do professor que contribuem para a poeticidade do texto

Título
• Do que trata o poema? Você acha que o título do poema desperta a curiosidade do leitor? O tema abordado pelo autor poderá ser título do texto? 

• É interessante escolher o título depois de escrito o texto, pois as ideias apresentadas poderão fornecer pistas para um título mais instigante.

Rima


• Que outras palavras poderão rimar no texto? Percebe-se que o aluno está preocupado com a sonoridade (lindeza/ gentileza/ natureza/ beleza/ tirolesa; comigo/ brigo), mas não investe na qualidade das rimas nem na alimentação temática. Pode-se avançar propondo um exercício em que os alunos tenham de recorrer ao dicionário para descobrir outras palavras que rimem com as anteriores usadas no texto, ou mesmo pedindo sugestões à classe.

• Se você quer que seu leitor aprecie a beleza da cidade, que outros recursos poderá utilizar? O que você acha mais importante: dizer que sua cidade é bela ou fazer com que o leitor encontre essa beleza naquilo que você vai apresentar a ele?

• Qual o nome do rio que corta a cidade? E a cachoeira tem nome? Como você percebe que o seu povo é gentil? Que comportamento revela alguém que tem gentileza? Recebe bem os que chegam de fora? Convive bem com seus vizinhos e conterrâneos?

• Em sua cidade costuma-se festejar alguma coisa? Há festa de padroeiro ou outra comemoração popular (congada, folia de reis, cavalgada, rodeio...)?

• Os dois primeiros versos da segunda estrofe precisam provocar a imaginação do leitor. Em vez de “Ela fica no interior/ No meio da natureza”, que outras expressões podem encantar o leitor? Por exemplo: “Ela é como um ninho/ protegida pela natureza;/ fica bem no interior,/ onde tudo é natureza”.

• Na terceira estrofe, além da quebra da sonoridade pela reorganização das rimas, a relação de amizade é manifestada de modo bastante ingênuo. Podese perguntar: “Além do 'darse bem', o que mais fortalece a amizade? Como poderemos saber que alguém é mesmo nosso amigo?”.

Práticas que favorecem a aprendizagem do poema
• Leitura cativante, emocionada, de diferentes poemas, feita, em voz alta, pelo professor.

• Escuta da leitura do seu poema por outros alunos, para que possa ouvir na voz do outro a interpretação do seu verso, sua rima, sua metáfora. É uma forma interessante de reavaliar o poema.

• Gravação, se possível, da leitura (orientada pelo professor) dos alunos. Esse meio faz perceber as palavras, as expressões, o modo de dizer, a identidade desses meninos e meninas.

• Audição do CDROM que acompanha o Caderno Poetas da escola ou recitação poética, jogral, sarau em sala de aula.

• Análise de diversos textos do gênero poético, modelos de referência que ajudam a relembrar as características do gênero e avaliar como os alunos estão utilizando esses elementos na produção deles. Os poemas do Caderno Poetas da escola, da Coletânea de textos, do CD-ROM e os próprios poemas dos alunos são bons recursos para esse estudo.

• Brincadeira com palavras, figuras de linguagem, sons, métrica e ritmo. Instigar, como em um jogo, diversas formas de arrumação possível das palavras até chegar a um arranjo ou a uma forma interessante.

• Alimentação temática, por meio da leitura de poemas, destacando as metáforas encontradas, aquelas que podem inspirar a criação de imagens poéticas e ampliar as possibilidades do que dizer.



O texto revela que o aluno-cronista


• recorta um episódio corriqueiro do cotidiano: jogo de futebol, uma pelada no asfalto;

• usa uma linguagem bem cuidada, informal, leve, quase uma conversa com o leitor;

• utiliza o narrador para descrever a brincadeira, o cenário, os times, o esgotamento dos meninos no jogo;

• narra em tom divertido, aproximando o leitor do texto;

• traz outras vozes para o texto, num breve diálogo dos garotos;

• escolhe palavras com toque poético “brilho nos olhos”, “um segundo de emoção”, “a velha bola”.

Intervenções do professor que possibilitam a melhoria da crônica

Durante a reescrita, caberá ao professor fazer as perguntas e ajudar a turma a negociar os elementos a serem escolhidos entre as sugestões feitas pelos alunos. Apesar de o desenrolar da narrativa prender a atenção do leitor, sentimos falta de algo que cause maior impacto. Algumas orientações poderão ajudar a turma a descobrir o que fazer para dar mais vida à crônica.
• Havia uma liderança maior no time?

• Alguém brigou no jogo? Como isso foi resolvido?

• Havia alguém que era o craque do grupo? Por quê?

• O gol marcado foi comemorado? Havia plateia, torcida?

• De quem era a bola?

• Quanto tempo durou o jogo? Começou pela manhã e estendeu-se até à noite?

• Como os garotos voltaram para a casa deles?

• Qual é o sentimento vivido pelos meninos quando a brincadeira acaba e a rua retoma seu “fluxo” normal?

• Que outras coisas tornam essa rua especial?
O fato inusitado poderá ser uma briga entre os jogadores; a intervenção de um adulto que acaba com a brincadeira; o dono da bola que para de brincar e leva a bola e a alegria embora; um carro que passa em cima da bola e acaba com o jogo; ou uma garota que chega e desperta num dos jogadores a vontade de se exibir em sua melhor forma, virando o jogo.

Práticas que favorecem o ensino da crônica

• Leitura de diferentes crônicas – literárias, reflexivas, líricas, irônicas, bem humoradas, críticas –, publicadas em jornais, revistas, livros; modelos de referência no estudo dos aspectos do gênero.

• Leitura das crônicas da Coletânea de textos da Coleção da Olimpíada.

• Audição das crônicas do CD-ROM que acompanha o Caderno A ocasião faz o escritor.

• Escuta de canções do repertório da música popular brasileira cujas letras são verdadeiras crônicas musicais.

• Exercícios de substituição de palavras e rearranjo das estruturas de sentenças do texto, com vistas em observar o significado que as diferentes palavras e estruturas de frase geram.

• Atividades com foco nos distintos efeitos de sentido provocados pelo uso de pontuações: as reticências, as exclamações, os parênteses para introduzir explicações, as aspas para marcar alguma ironia.


1. Usa-se o termo técnico “suporte” para designar o meio material em que um discurso se dá. A voz ao vivo, o impresso, os muros, os ambientes digitais são exemplos de suportes para, respectivamente, o bate-papo, a bula de remédio, a pichação e o e-mail.
2. Consulte na página 135 do Caderno Poetas da escola o roteiro de revisão para o poema e na página 124 do Caderno A ocasião faz o escritor, o roteiro para crônica.



Revista Na Ponta do Lápis
Ano VII
Número 17
Agosto de 2011


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Manifesto à leitura


Apresentação

Fazemos parte de um programa de formação à distância de educadores. O tema é sobre leitura e escrita. Trocamos experiências que tem nos enriquecido de uma maneira bem bacana. O principal objetivo é melhorar nossas aulas, interagindo nossos alunos à leitura de forma mais agradável. Convidamos para lerem nosso blog e interagirem conosco. Apresentaremos algumas de nossas experiências para que nos conheçam um pouco mais.

Como me apaixonei pela leitura

Aprendi a gostar de ler antes de aprender!
 
Não sei que idade tinha exatamente, mas é uma lembrança muito forte a do dia em que meu pai pegou o único livro que tínhamos em casa, a bíblia, e leu a história de Sansão. Lembro-me como se fosse hoje, do quanto lutei para não adormecer e ouvir o final. Meu pai por esse pequeno ato me deixou de herança eterna o amor a Deus, que deu aquela força a Sansão e a leitura. Hoje não consigo ler sem lembrar constantemente daquele dia, pois foi um marco na minha vida.
Após esse evento, o próximo que me lembro com clareza, é o de estar diante do livro Rapunzel, o qual insisti para que minha mãe o comprasse e esse eu já li sozinha.
Não me lembro de no decorrer de minha vida ter tido qualquer obstáculo quanto à leitura, exceto quanto li obrigatoriamente, no Ensino Médio, o livro AMOR DE PERDIÇÃO (Camilo Castelo Branco) do qual não apreendi nada, achei chato e vocabulário incompreensível (só para fazer uma prova de literatura a qual, logicamente, tirei uma nota baixa e disso me lembro bem), mas que na faculdade resolvi enfrentar essa decepção e ler novamente (para mim, essa foi a primeira vez de verdade). Ele se tornou uma grande paixão, pois acredito que a maturidade já havia chegado para entender aquela história.
 
Sempre li e leio muito, mas aquilo que me interessa. Sou leitora assídua desde bulas até dicionários. Sou leitora compulsiva e curiosa e sinto a bagagem que carrego de conhecimento daquilo que li.
 
Para concluir uma frase de Umberto Eco:
 
"A leitura é uma necessidade biológica da espécie. Nenhum ecrã e nenhuma tecnologia conseguirão suprimir a necessidade de leitura tradicional."
 

Minhas experiências como Leitora!

OLÁ PESSOAL!


Estou surpresa com a dificuldade que tive para relembrar momentos prazerosos com relação a leitura na minha infância! Curioso, não foi fácil lembrar-me do meu tempo de "criança leitora". Imagens que vieram a minha mente não foram agradáveis. Tive uma infância difícil, muitas privações, dificuldades financeiras, muitas mudanças de residências,ora aqui,ora lá o que comprometia meu rendimento escolar. Imagens da EE Siqueira de Morais preenchem minha memória quando penso em escola. Lá passei quase toda a minha vida escolar do primário, infelizmente a lembrança que me assombra é de uma Professora bem tradicional e muito severa Dona Dirce. Ela me fez muito mal, causou vários traumas, pois era impaciente e passava a impressão de NÃO gostar de ser professora, pois não tratava nenhum aluno com carinho e atenção, pelo contrário, estava sempre de mau humor e achava que nós tínhamos que saber antes mesmo de ela ensinar. Com ela aprendi, principalmente, como não se deve tratar os alunos.( Pessoal, existem profissionais  e profissionais, não é mesmo?). Existem maus médicos, péssimos advogados, péssimos políticos, péssimos professores...
Por muito tempo fiquei sem gostar de ler e de escrever, sentia-me  insegura, achava que meus textos eram péssimos e que minha leitura era horrível ( palavras da minha professora Dirce). Esse fantasma da incompetência leitora e escritora me acompanhou e assombrou durante muitos anos, até que um dia durante uma maravilhosa aula de Filosofia no curso de Magistério na EE. "Marcos Gasparian", uma Professora de verdade, minha querida professora Olga, uma mulher magnífica despertou em mim um gosto pela leitura que jamais imaginei que teria. Ela iniciou a leitura do livro " O Pequeno Príncipe” (Antoine de Saint-Exupery). Sua voz meiga enchia sala e despertava minha imaginação e logo comecei a imaginar o cenário, o personagem... Quando a professora Olga leu o trecho do diálogo entre o Pequeno Príncipe e a raposa foi como se fosse um anzol estivesse  me puxando das profundezas obscuras do meu inconsciente solitário e infeliz, para um dia de sol e luz que iluminaria toda minha trajetória escolar dali em diante. Nascia naquele instante uma voraz leitora. Fiquei muito interessada no livro e esse com certeza foi o meu primeiro livro, minha primeira leitura deleite e a partir desse dia nunca mais deixei de ler. Obrigada querida professora OLGA!!!